domingo, 1 de agosto de 2010

COMUM em UNIDADE

Fevereiro de 2008 deixamos a cidade. Não que Criciúma fosse um município com os problemas que os grandes centros enfrentam, até porque não é um grande centro, mas queríamos algo mais simples, aconchegantes, menor. Saímos de uma cidade de quase 200 mil habitantes e fomos morar num sítio, numa cidade que não chega a três mil moradores. Treviso foi para onde fomos, interior do sul de SC e distante 22 quilômetros do centro de Criciúma, onde trabalho.

Mas porque toda essa explicação, você deve estar questionando. Por que toda mudança traz transformação e entre as várias já vividas nestes quase quatro anos, esta percebi hoje, durante almoço que minha esposa e companheira Solange fez para recebermos no sítio meus pais, Avelino e Lourdes, e, meu irmão e cunhada Gregori e Aline, também padrinhos de batismo de nosso filho Raoni.
A descendência italiana nos proporcionou um prato colonial que adoramos e foi ele que saciou nossa fome . Vamos ao banquete: Polenta, salame, cerrinho de porco ensopado com manjericão, queijo e salada. Almoço feito no fogão à lenha, com caldeirão de ferro. No momento de servir me dei conta e comentei “o que vamos comer hoje é produzido aqui, pelos vizinhos. A farinha de milho da polenta comprei da atafona. O salame e o cerrinho foi adquirido junto ao Alex que carneou um porco na semana passada(foto). O queijo é feito pela dona Dulce, uma simpatia de senhora que sempre nos fornece leito e queijo e de brinde bananas que plantam em suas terras. A salada foi cedida pela dona Evilázia, que mora ao lado de casa e o manjericão vem de nosso quintal”, disse a eles, mas que ecoou parte da tarde até surgir a vontade de escrever esse texto.

Se for para ampliar, a cachaça compro da família Pagani; o aipim, a batata da dona Maria, esposa do seu Pagani; os ovos colhemos de nosso próprio galinheiro; o pão fizemos em casa, assim como as broas, as bolachas e inúmeras outras receitas. Por seis anos moramos em um prédio, no Bairro São Luiz com cerca de 32 famílias e não conhecemos mais que seis delas. O morar no interior é vivenciar o simples, reconhecer o exagero do ter e perceber a necessidade do ser, do trocar, do conversar, do escutar. A transformação que me referi no início do texto vem do viver em COMUNIDADE, que abrindo, não passa do transformar o COMUM em UNIDADE e vice versa. Aqui vivemos um novo ritmo, novas experiência e sabemos que essas vão servir também para formação de nosso filho Raoni.

domingo, 16 de maio de 2010

A enchente...

Chega ao blog do sitio as fotos da enchente da última semana. Nosso prejuízo foi apenas esse, e podemos recuperar. Mas para nós do blog a força da água serve para mostrar o quanto precisamos ser humildes frente a força da natureza. Aliás, a natureza tem, sempre terá, nossa admiração, nossa contemplação devido a sua esmera beleza. Menos nessas horas, quando ela conta apenas com nosso respeito. Aliás, olhando pelo lado positivo (na medida do possível olhamos sempre por este lado) a enchente trouxe paus e gravetos que cortamos e vão abastecer o fogo do fogão a lenha nessas noites mais frias.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

As frases dele

O meu irmão Gregori deixou um recado aqui no dia 04 de março. Mensagem detém toda razão. “Este Blog está mais parado que água de poço”. Portando, vamos lá. Vou tentar ser mais assíduo na atualização. Assunto tem e de monte. Então vamos a um deles que tive a idéia de escrever ainda em fevereiro quando estivemos em Bombinhas. Frases. Isso mesmo. O Direto do Sítio vai hoje tratar de frases. O leitor deve ter muitas delas em sua memória. Frases ditas por pensadores, líderes respeitados em várias áreas, filósofos, enfim, a conjunção de palavras ditas por essas pessoas que eternizaram pensamentos ou idéias na busca de explicar, exemplificar, parafrasear ou mesmo imortalizar alguns acontecimentos.
Eu começo com essa frase. “Olha lá, um trem que anda na estrada”, disse surpreso, apontando para o trenzinho que todo verão está presente em várias cidades litorâneas de nosso estado, SC. Não precisa dizer que o done dessa notável observação é de nosso filho Raoni, a época com 3, 5 anos. Foi quando eu tive a idéia de tentar lembrar de algumas de suas frases e prestar atenção nas futuras, e registrá-las para a eternidade de nossos corações de pais bobinhos.

Então lá vão algumas.

“Tem que Dividir” Dita quando pediu um pouco de meu suco, durante almoço, dizendo que a mamãe ensinou que tem que dividir as coisas com os outros.

Chegou a bolacha do pacote”, querendo se referir a última bolacha do pacote.

“Chegou o caminhão do meladinho”, versão que ele inventou, mas que tem a mesma intenção da frase acima.

Posso ir na casa do José, ou não?”, quando quer ir brincar no vizinho

“A senhora fez bolo?" Sempre quando chega da escolinha

“Bom dia pai, Bom dia mãe, a benção pai a benção mãe”, sempre que acorda com bom humor, principalmente no domingo.

“Vamos ver se nossas cocótinhas colocaram ovo hoje”, ao querer ir até no galinheiro pra ver se tem ovos.

Vamos na grutinha”, quando quer passear pelo sítio.

“A senhora está pinelzinha, pinelzinha”, Quando a Sol faz ou diz algo esquisito. Pinelzinha (maluquinha).

Se você conhece o Raoni e já escutou uma de suas frases marcantes por favor nos lembre. E manda e-mail ou deixe um recado pra nós.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Criança em silêncio é um perigo


Aqui vai uma dica para os pais de primeira viagem, assim como eu e Solange, e também aqueles que querem ter filhos logo. “Casa em silêncio e crianças pequenas não combinam”. Até pode acontecer, mas existem apenas duas maneiras para isso: Ou estão dormindo ou estão fazendo arte. A segunda opção você só descobre quando é tarde demais e já aconteceu a bagunça. A última do nosso filho Raoni foi agora a pouco. Colocamos fogo no fogão a lenha para assarmos umas roscas de polvilho para o café da tarde. Enquanto fui buscar lenha, minha companheira Sol fez a massa e enrolou as roscas e as deixou em cima da pia. Forno quente o suficiente e lá foi a primeira forma com as deliciosas roscas. Primeira e única. Quando demos por conta Raoni já tinha puxado a cadeira, subiu-a e começou a brincar com a massa. As roscas que estava enroladinhas, bonitinhas e prontas para serem assados foram transformadas em uma “montanha” de massa de amassar. É claro que quando vimos já era. Sol disse que a massa não iria mais crescer, deixamos ele brincar e aproveitamos o que dava. Mesmo assim pela foto dá para perceber que o café foi delicioso com roscas, nata e creme de leite caseiro. Portanto se seu filho está em silêncio agora corre lá, se ele não estiver dormindo já era. Rsrsrs

segunda-feira, 30 de novembro de 2009





Era umas 19h quando cheguei do trabalho e nossa filho Raoni disse “Papai tenho três surpresas para o senhor”. Querendo entrar na conversa e com o mesmo espírito perguntei. “Trêssss (sabe aquele 3 esticado que só se diz a criança, desses mesmo) filho?”. “Vem cá vou mostrar para o senhor” e saiu me puxando pela mão em direção ao galinheiro. E lá estavam três, dos seis ovos chocados por duas garnisés ao mesmo tempo andando e fazendo Piu-Piu. Precisam ver a cara de alegria dele ao me contar e a cara de espanto quando foi tentar pegar um dos pintinhos e a choca foi pra cima. Que gostoso ver Raoni curtindo isso. Dando comida aos pintinhos, conversando com eles. Mas foi a Sol quem assistiu Raoni no momento de ver o primeiro pintinho saindo sobre as penas da galinha. Com certeza uma expressão única que está gravada na memória da mamãe. Dos seis ovos nasceram cinco, e estão no Sítio do noninho pra quem quiser visitar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Amarelinho pra ti padrinho

Os caras são bons no que fazem. De todos eles só conheço o David Coimbra, hoje editor de esportes do jornal Zero Hora, pois passou pela cidade e deixou amigos na região, quando trabalhou no Jornal da Manhã e na Rádio Eldorado. Mas todos são uns artistas no que fazem. Falo do Pretinho Básico, programa humorístico/jovem da Rádio Atlântida que volta e meia estou ouvindo. Pois então, o mano Gregori filmou o meu filhote Raoni imitando o “amarelinho” e o “Ah velhaaa”. Quem escuta sabe do que estou falando e vou postar porque Raoninho ficou bem legal dando amarelinho para o padrinho Gregori e mandando o “Ahhh velhaa” pra ele. Ai está.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Mesmo com três anos, Raoni já tem um compromisso



Para muitos o canto de um galo é um incomodo danado. Para mim, minha companheira Solange e nosso filho Raoni não. Aliás, não só o canto do galo, mas também das galinhas, dos perus, do pavão. Onde moramos faltava algo. Pensamos e o seu Aristides, morador da comunidade e que possui um capricho ímpar no que faz construiu um galinheiro para nós. E, lá, temos quatro garnisses, sendo três fêmeas e um macho e um casal de angolistas. Todos os dias pela manhã e no final da tarde damos ração misturada no milho para eles. Em troca eles cantam e, na semana passada, nos presentearam com ovos. Raoni passou a recolher todos os dias os ovos no galinheiro. Uma coisa tão simples, mas que para ele é uma felicidade enorme porque antes as galinhas colocavam os ovos e elas mesmas os comiam. Agora não, nosso filho consegue recolher e vai com uma felicidade enorme para o galinheiro. A foto foi tirada pela Solange no primeiro dia que Raoni recolheu seu primeiro ovo. No mês passado estava lendo uma matéria em uma revisa nacional que destacava os pais que se orgulhavam dos filhos que mesmo antes dos oito, nove anos já tinham compromissos como aulas de inglês, natação, piano, dança.... Por enquanto o único compromisso de nosso Raoni é se divertir, brincar, correr, se lambuzar na terra, ver o DVD de contos de fadas e escutar nós contando historinhas diversas e, claro, pegar os ovos no galinheiro.