quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O agradecimento que fizeram a Mãe Nina

O meu único contato com a Mãe Nina, sepultada ontem(19/08),foi através de uma entrevista na época em que era repórter de televisão em 2000, 2001. Mas meu respeito por ela ultrapassava a relação de apenas um contato, uma entrevista. Eu a admirava. Pela história de vida, de vontade, de solidariedade. Quando me lembro de Mãe Nina, logo vem a imagem do Lúcio Magrão, jornalista idealista, morador do Bairro Mina do Mato e admirador também de Nina. Apaixonada por carnaval, mãe de um dos Reis Momos de Criciúma, suas mãos acariciou e cuidou de vários pequeninos em Criciúma.
Alguma coisa me fez ir ao seu enterro. Apesar de atarefado, tinha uma voz que dizia, “porque não dispensa um tempo para se despedir de Mãe Nina”. Relutei em levantar da cadeira do escritório até pouco antes das 17h, horário do sepultamento. Cheguei na igreja da Mina do Mato, apenas 15 minutos antes de fechar o caixão. Não consegui chegar próximo do caixão. Ontem vi os pequeninos dela, hoje homens e mulheres formados, fazerem suas homenagens de despedida. Os filhos, adotivos ou não, de Nina se despediam dela em forma de agradecimento. Não consegui chegar próximo do caixão, mas estava lá, no fundo da igreja, sentindo uma energia tão boa, tão positiva e vi uma das mais belas homenagens que um filho pode fazer a sua mão no momento da despedida. Eles cantaram Eu Me Lembro , música que particularmente não a conhecia, mas que marcou aqueles três minutos que fiquei escutando-a para o resto da minha vida. A igreja toda chorou. Em casa acendi uma vela para sua ascensão e fiquei pensando. Mãe Nina escreveu uma bela história. A sua história. E eu? Qual será a minha história? E nós, quais linhas vamos dar as páginas em braço que ainda restam em nosso livro? Qual a história que estamos escrevendo?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Reciclar pra quê?!



O título acima deve ter chamado a atenção. Mas o fiz com esse objetivo. Reciclar pra quê?! Tá, eu sei que é para contribuir com a natureza. Que é melhor reutilizar o que produzimos do que exigirmos mais do meio ambiente e, assim, evitarmos devolver a ele nossa produção, nosso consumo, em forma de lixo. Mas quando eu digo reciclar pra que, me refiro a todos aqueles que o fazem. Que separam seu lixo transformando-o em matéria prima novamente. Uma forma ecologicamente correta (aliás, só quem separa tem uma pequena noção do lixo que produz diariamente por uma família, no meu caso, três pessoas, eu minha companheira e esposa Solange e nosso filho Raoni(3anos).
É que desde que fomos morar no sítio tentamos contribuir com o meio ambiente. Pensamos e tentamos viver de forma a exigir pouco da natureza a não seu ser seu esplendor em abundância. Sabe a história da origem das coisas. (saiba aqui). Não concordamos com essa filosofia. Nos policiamos e sabemos que não é fácil vencer o modismo, mas lutamos contra ele. E lá onde moramos (TREVISO), temos rio, lago, pássaros, duas gatas, uma cachorra e buscamos viver respeitando a vida, em todos os sentidos, e, para isso, usamos a água do morro, mas mesmo assim economizamos. Nossa fossa é ecologicamente correta e a água volta para natureza novamente pura e também separamos nosso lixo para a reciclagem.

Ah, a reciclagem. A fizemos desde 2008, quando começamos efetivamente a morar por lá. Agora vocês vão entender o por que do título. É que até o início deste ano entregávamos o nosso lixo separado, de forma correta em Siderópoilis, onde possuía uma cooperativa de recicladores e que beneficiava diretamente várias famílias. O problema é que o Ministério Público interditou o local que era mantido pela Prefeitura de Siderópolis e uma empresa. Desta decisão até sexta-feira (31/07) começamos a entregar nosso lixo num depósito em Criciúma, na Rua Araranguá. Todo nosso lixo separado em papel, plástico e vidro iam pra lá. Pelo menos até sexta, quando fui entregar e vi que o local foi transformado em uma lavação de carros. Tá, e agora??? Os dois sacos de lixo que levei no meu carro até Criciúma voltou pra Treviso e estão em casa por que não sabemos onde entregar. Se for para separar e entregar na mesma origem é perder tempo, é fingir ser correto. O papel do poder público neste caso é ser o incentivador, o motivador, o criar consciência, mas não vejo essa iniciativa. Cadê a coleta seletiva? Alguém sabe onde coloco o meu lixo separado para reciclagem?
Imagem retirada do blog